Outono

OUTONO (15/06/04)

Pingo de desespero cai

No telhado bate e vai

Para nunca mais voltar.

Encontro de vez a alegria

Fulmino a última agonia

Quando vejo-a chegar.

Flores murchas não mais vejo

Intensamente nosso desejo

Aflora na escuridão.

Acompanhados de ternura

Seguimos com louca bravura

Pelos caminhos da imensidão.

Vivo em sorrisos e bem sei

Dessa vez eu não errei

A esperança mostrou seu rosto.

Num jardim de fantasia

Sem sinais de rebeldia

Eu enterrei todo o desgosto.

Sonho lindo de outono

Afundado o tal transtorno

Pelo ápice do amor.

A felicidade agora existe

E aos meses sempre persiste

Dentro de mim ao seu dispor.

Alexsandro Menegueli Ferreira