Suspiro de Candura

Suspiro de Candura

E assim acaba um suspiro

Assim acaba uma vida.

Nesse mar de sonhos, mais uma vida foi perdida.

Num ultimo sussurro da noite, que em vã esperança lhe ama.

Como o sorriso de uma criança, que nos remete a uma doce lembrança.

Como o amor pode ser tão dolorido a ponto de esperarmos tanto tempo?

Como o amor pode ser dolorido e sempre estar cheio de sorrisos?

A saudade é o que nos deixa vivos.

Mas ate que ponto isso se torna ridículo?

Sinto o que não devo sentir

Sinto que eu não devo mentir

Minhas palavras saem mudas perto do som da sua voz,

E meus olhos ficam cegos com a sua luz.

Meu corpo estremece quando te vejo.

Seus olhos ainda são os mesmos do passado,

Mas parece que não me condenam mais.

Tenho medo de te encarar, meu coração palpita pelo medo de um dia sentir o que sentia.

Você ainda continua angelical, de movimentos macios e rosto doce.

A doçura e inocência do seu rosto não passaram junto com os anos.

E depois de anos passados ainda te vejo com os mesmos olhos do passado.

Uma criança de doce ternura, um antro de candura.

Me espanta e me tira do serio com esse seu ar tão pueril.

Seus olhos de tigresa me devoram por dentro.

E os fantasmas do passado vêm me ver, me fazendo crer em mil e uma historias de amor, que se escrevem em cartas jamais enviadas, e telegramas jamais lidos.

E assim meu ar se vai, me deixa com meu ultimo suspiro de doce amor das fadas.

Sentindo essa sensual paixão pelo passado.

Me lembro do teu beijo e abraço, da época que tinha frio e nos abraçávamos, e você dizia que éramos nós dois contra o resto do mundo.

E agora eu te vejo, de pé diante de mim, olhando-me como se eu sempre fora teu amor.

Como se por um passe de mágica nos conhecêssemos a mais tempo do que nossas vidas deixam, acreditando – eu sei é clichê – que nesse amor, o meu anjo é você.

Minari
Enviado por Minari em 08/11/2009
Reeditado em 10/03/2023
Código do texto: T1912694
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