DIO COMO TI AMO

Em meus devaneios,
És o ser que procuro
Em falsos momentos coloridos
E a realidade transfigura
em tormentos doridos.
Penso que existo sem ti
Mentira desacertada
Por mais que eu tente fingir
Tua ausência deixa-me alucinada
Teu amor, em mim fez morada
Nasceu numa cândida madrugada
Infiltrou-se em minha vida
Deixando-me sem guarida
Espero uma resposta
Seja ela qualquer for
Seja de paz...Seja de dor
Adormecida!
Entorpecida por sentimentos
Indeléveis em mim
Pensei ser tu
Vivi na tua poesia
Mergulhei na tua magia
Quase sufoquei
Deixei-me levar pelas aparências
Esquecendo as minhas essências
Vestida de corpo sem alma
Realizei teus encantos
Reduzi-me a prantos
Rompeste minhas vestes carnais
Eu te amo com uma força incontida
Que chega, arromba, avassala
É tanto amor, que meu peito chega a doer
Sou corpo e tu minha alma,
Tu és matéria e eu tua essência
Cumplicidade eterna na efemeridade
De um sentimento que pode acabar
Mas enquanto perdurar
Será doce, muito doce vivenciar!