CONVITE
Quero que venhas pura,
Ou impura!
Que me cure deste estado mórbido e sórdido;
Mergulha-me na tua fonte de luxúria e com fúria!
Quero que chegues soberana, ou profana;
Que domines o meus instintos mefistofélicos;
Depois aprisione-me
Com as correntes sólidas do teu amor e sem pudor!
Quero que apareças amena, ou obscena;
Que me roube de mim mesmo,
Da civilização e de Deus!
Quero que fiques comigo,
Que ame meus defeitos
E compreendas que em virtude da minha ausência de virtudes,
É que necessito de ti
Porém, se não me amas,
Não venhas,
Não chegues,
Não apareças.