Súplica
O amor chegou qual sopro,
sorrateiro
Procurando uma fresta
um deslize, um vazio
Por uma fenda
encontrou caminho
Instalou-se , tomou conta
Fez de vassalo, o coração
Convidou a flutuar, as almas
Marcando os passos
Num impetuoso balé
Calidamente dançavam
Como se fosse belo
Ridiculamente sentiam
Como se fosse eterno
Incredulamente sonhavam
Como se fosse possível
amar tanto assim !
Veementemente acreditavam
Como se fosse milagre
E por ser amor, santificado e profano
A vida soprava em riso e pranto
E por ser amor, de olhos postos ao céu,
rogavam e blasfemavam...
- Por favor, não seja breve...
Amor !
(Luna Aojo)