Uma certa Poesia
Hoje o meu eu lírico madrugou da cama
Depois de muita escuridão e noites em vão
As manhãs me parecem agora tão singelas
tão cheias de vida...vejo tantas cores no ar...
É uma certa poesia que está dentro de mim...
Um passarinho pousou na minha janela
Ele veio somente me beijar...
Um amarelo, que quase ofusca minha visão
Deixa-o entrar, são os raios de sol a brilhar...
É uma certa poesia que não me deixa escorregar...
Depois de muito pranto,
As rosas vermelhas não mais sentem pena de mim,
Elas aproximam-se, envolvem-me com seu perfume
É uma certa poesia que quer me cheirar...
A poesia que encanta meus olhos
Do amanhecer ao anoitecer
A poesia de que os olhos são feitos
ainda não sei se de mel ou de mar
De esperança, esperança, esperança
Decididamente! Minha poesia tem olhos
de crianças, falam por si, brincam e sorriem...
É uma certa poesia que alimenta meus sonhos...
Agora tenho como sentir a brisa suave,
Os murmúrios do vento cá ao pé do ouvido,
Os calafrios que me dá,
A poesia que meu grito interno silenciou,
As minhas tardes são cor de laranja...
É uma certa poesia que quer me despir
Embriagar-me e possuir [...]
A poesia que quer gritar poesia
A poesia que eu simplesmente quero
“tocar”
“traduzir.”