SAUDADE III
Saudade é coisa sem jeito
Não sei se nasce no peito
Ou se chega lá de fora
É a amante do tédio
É mal que não tem remédio
Visita que não vai embora
E invade á alma
Que afoga o coração
Como o vento sem açoite
Águas tranqüilas e calmas
É como espinho da rosa
Parece uma dor gostosa
Sem licença nem embargo
Ferrão de abelha com mel
Parece inferno no céu
Brincando com a lembrança
No coração mexido
Desperta feito criança
Saudade é presença da ausência
Do tempo e certas querências
Que a vida não apagou
É dor que não se explica
É tudo aquilo que fica
Daquilo que não ficou
Saudade é coisa sem jeito
Não sei se nasce no peito
Ou se chega lá de fora
É a amante do tédio
É mal que não tem remédio
Visita que não vai embora
E invade á alma
Que afoga o coração
Como o vento sem açoite
Águas tranqüilas e calmas
É como espinho da rosa
Parece uma dor gostosa
Sem licença nem embargo
Ferrão de abelha com mel
Parece inferno no céu
Brincando com a lembrança
No coração mexido
Desperta feito criança
Saudade é presença da ausência
Do tempo e certas querências
Que a vida não apagou
É dor que não se explica
É tudo aquilo que fica
Daquilo que não ficou