ABSINTO

Não adianta procurar um copo
Que guarde teu gosto
Que beije minha boca
Com jeito de lua.

Estes bares não te conhecem
Sabem apenas o que digo
Sabem a música inútil
Quando o choro vem.

Nem adianta esbravejar nas praças
Cortar a noite calada
Cortar teu sono eterno
Se não tenho vida.

Estas ruas não viram chover
Não viram teu corpo molhado
Não beijaram teus pés
Não nos viveram.

Vês estes carros que seguem, seguem
Sem saber que existo
Sem lembrar o que fomos?
- Perdoa, amor, eles não podem
Nos entender ...

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