Uma Louca Verdade

É possível que a loucura,

Em manhãs de amor eterno,

À minha mesa se farte.

Ou que em meu leito,a amargura,

Em frias noites de inverno,

Trace as formas de quem parte.

Contudo,aqui neste peito,

Tudo sente com ternura.

E quando falo de amor,

Não duvides da candura

Destes versos,por favor!

Eu quero te convencer,

Durante uma dessas danças,

Que o meu amor é verdade,

Que nada em mim é vaidade.

E que nós,duas crianças,

Valsaremos até tarde,

Como amantes em festança

De paixão que insufla e arde.

Quando então, meus braços sigam

O que teus lábios me digam,

E o meu beijo te estremeça

A boca e a alma travessa.

Pra que nunca mais descreias

Dos pulsares mais profundos

Que alimentaste,fecundo,

Na correnteza das veias.

Zully Oney Teijeiro Pontet
Enviado por Zully Oney Teijeiro Pontet em 01/07/2006
Código do texto: T185388