Sete Encantos
Como se eu quisesse ler sua alma. Despir seu interior, sem pudor, com amor... Querendo a transparência dos atos... Contado em fatos, que se ouvem com o coração. Nestes momentos quero que seja o ouvido e eu a canção.
Como se pudesse adivinhar seus pensamentos, busco acreditar que tem minha imagem no horizonte... Que tomo o lugar do sol se escondendo atrás dos montes... Que sou o canto dos pássaros que lhe desperta ao amanhecer... Nestas palavras é o poeta que eu queria ler.
Como se estivesse ao meu lado, dançando com o vento... E rindo a todo o momento. Interpretando o que sinto... Ao som dos aplausos constantes. Não minto... Neste ato é o protagonista eu sou figurante.
Como se eu fosse a vontade que perturba seu sono... Que conturba os sonhos... Que ocupa seu pensamento... Que não lhe traga nenhum lamento, nem maldade. Assim você será a partida e eu a saudade.
Como se caminhasse contando os passos... Rumo ao futuro que se faz distante. Libertando-me deste cômodo escuro, que me prende neste instante... Peço a Deus que não me deixe seguir calado... Nesta jura em que você é o perdão e eu o pecado.
Como se ouvisse as palavras que quero... Gritadas aos sete cantos... Transmitindo sete encantos; pureza, liberdade, esperança, beleza, cumplicidade, amor e perseverança... Nesta magia você se torna um doce e eu uma criança.
Como se os pedidos fossem atendidos... Os desejos compreendidos. Seu sorriso, seu carinho... Tudo que preciso para não andar sozinho. Assim os anjos dirão amem... Nesta ocasião você será amor e eu... Também.
Odemir Alves é escritor, jornalista e lançara o livro infanto-juvenil “A Turma da Vila Marcondes” em dezembro.