A LINGUAGEM DO OLHAR
Fátima Irene Pinto
Falta ainda a linguagem do gosto!
Que gosto terá tua boca quando colada na minha?
Que indizível prazer devo sentir ao te percorrer?
Que gosto terá tua boca quando colada na minha?
Que indizível prazer devo sentir ao te percorrer?
Falta ainda a linguagem do tato!
Como será o entrelaçar das nossas mãos?
O abraço tão apertado
Como será o entrelaçar das nossas mãos?
O abraço tão apertado
que poderemos ouvir nossos corações
pulsando sôfregos e descompassados
em meio a tão arrebatadoras emoções?
pulsando sôfregos e descompassados
em meio a tão arrebatadoras emoções?
Falta ainda a linguagem do cheiro!
Não o da minha ou da tua colônia.
mas o nosso cheiro, natural, hormonal,
falando da premência da entrega,
assim sem nenhuma cerimônia?
Não o da minha ou da tua colônia.
mas o nosso cheiro, natural, hormonal,
falando da premência da entrega,
assim sem nenhuma cerimônia?
Já conheço a tua melancólica expressão,
Já conheço o teu complicado sentir,
Já conheço a tua férrea razão.
Já conheço o teu complicado sentir,
Já conheço a tua férrea razão.
Mas que presunção a minha
eu achar que te conheço...!
Não porque faltem o tato, o olfato e o paladar.
Eu só poderei dizer que realmente te conheço
quando, olhos nos olhos, a tua Alma
Não porque faltem o tato, o olfato e o paladar.
Eu só poderei dizer que realmente te conheço
quando, olhos nos olhos, a tua Alma
eu puder sondar.
(Reedição Parcial - Página do livro Momentos Catárticos)