QUANDO APRENDI A AMAR

Nas manhãs e bem cedinho do alto de uma colina

Avistava o astro rei, nascendo por trás do monte,

Os raios esbranquiçados espalhavam-se sobre a terra,

Nos picos mais elevados, observava defronte,

As aves em debandadas a buscarem alimentos,

Deixavam os seus desenhos na barra do horizonte.

Que beleza é assistir no palco da mãe natureza,

O ser humano integrado nesse contexto maior,

Um musical tão harmônico entre os seus elementos:

A terra que acolhe a água e o vento em derredor,

Soprando o denso calor, quando o rei se põe a pino,

E o homem tão pequenino querendo ser o maior.

“Passa o boi, passa a boiada” e o homem a passar

Mal quando a mata desmata, ao serrado desbarata,

Um coração que maltrata, não sabe sequer amar.

Rio, 16/09/2009

Feitosa dos Santos