LEILÃO DUM CORAÇÃO
Atenção meus caros senhores,
Que sejam vocês pobres ou nobres,
Sãos de espíritos e livre de vínculos
O meu coração hoje é o vosso leilão!
Meio sorrateiro mas jamais traiçoeiro,
Ele acredita ser o dono do tempo,
Alegre, vivo e libre a todo momento
Ele se víncula no auge do sentimento
Na sombra dum sorriso levemente maroto,
Ele diz, singilamente viver num maremoto,
Na mesma verdade ele é um pouco fadado
E carentemente devoto a esse seu legado
Vertendo beleza estampada de fragilidade,
Ele se entrega a imensidade dum universo
Que reluz de sensualidade e em si seduz
Entres as folhas molhadas do intenso verso
Se forem lágrimas que você aqui procura,
Elas vertem na síngela presença da alegria
Que em si são essência na síngela alquímia
Que faz desse coração seu mais sublime leilão!
Salomé