AMOR, EU AMO VOCÊ

eu amo você...
E você não me ama!
Jamais nós voltaremos,
A conjugar o verbo amar
No plural:
_ Nós nos amamos!
Você é como o vício,
Que se apoderou do meu corpo,
Placidamente...
Você chegou,
Eu, não percebi.
Quando meus sentidos
Adquiriram consciência,
Estava emaranhada nas suas teias,
(seus braços),
Que se atavam, em liames no meu corpo,
Nas cândidas madrugadas.
Tantas promessas...
Tantos sonhos...
Que formam, agora, apenas,
Pedaços de um relicário
De coisas antigas, esquecidas, no tempo.
você não ficou.
Içou a âncora de seu barco.
Seguiu viagem em direção
A outros portos.
Não permaneceu, nem um minuto há mais...
Sua pessoa desvaneceu-se
Como a bruma que se desfaz,
Ante o esplendor do sol
Que renasce a cada manhã.
Seu abraço, seu beijo,
Sua imagem... Eles ficaram...
A macular minha existência
Como as manchas amareladas
Do fumo, que tenho às mãos.
Você!
É meu vício,
Meu eterno amor,
O qual, eu não consigo esquecer