"QUANDO OS SONHOS..."

Quando quase tudo na vida me dizia não

Tua voz, macia, dizia para eu prosseguir

Para que meus sonhos não fossem em vão

Vi o delírio em minha frente, se abrir.

Teu cativante sorriso, e... sorrindo

O desejo que veio, para eu conferir

O corpo esbelto, sedento e pedindo

que nu ficasse, sem pretender me ferir.

Em riste, então, ficou meu pára-choque

Olhando para o leito que ao lado chamava

Junto ao teu corpo fiquei e, num leve toque

Nos enroscamos, como a ocasião aclamava

Diluídos em prazer, sem uma palavra sequer

Adrenalina ao sangue, feito um contínuo açoite

Meu enlace de homem, mais teu sensível corpo de mulher

Entre os lençóis, em êxtase, por quase toda a noite.

René Cambraia

René Cambraia
Enviado por René Cambraia em 21/08/2009
Código do texto: T1765856