" SEMENTEIRA DE AMOR?"
I
Sentimento que queda inerte, todavia ferino, insidioso,vulnerante
Alimentado por esperanças vãs,contraditórias, sinuosas!
Vivente no claustro psíquico, mas mesmo assim deveras angustiante!
Encerrado no sublime relicário das recordações maviosas
II
Amor confinado no catre dourado e torturante da virgindade!
Devastador como uma intempérie, implacável como uma sentença
Ansiando por se manifestar em ato de tresloucada licenciosidade!
III
Incursão perene, definitivamente julgada, sem nenhum siso
Chegada em um dia previamente marcado pelo Destino,assim designado...
Extenuado pela luta inglória, entretanto acreditar nele é peremptoriamente preciso!
IV
Aninhando meu coração na poesia, acalentando sonhos fúlgidos,trago então comigo tua imagem ausente!
Seu sorriso, olhar, palavras, almejando sentir em minha pele seus doces afagos!
Imaginando a sublime e mútua doação anímica e carnal, entrecortada de beijos, palavras,a mais linda intimidade aconchegante!
Corre meu viver, nesta sementeira de esperanças, no redemoinho de meus desejos e então por fim nas dolentes madrugadas, despedir-me-ei, enfim deste presente aziago!