QUEM AMA… AMA SIMPLESMENTE

Caminhando entre escombros vejo imensas

fotografias espalhadas

pelo chão, amarrotadas entre cinzentos e

castanhos, totalmente irreconhecíveis,

pelas horas concretas, que a sorte de um

relógio de parede ajuda à sua promiscuidade

latente, nas paredes sem cor nem vida.

Subo e desço escadas antigas como se

procurasse algo que à distância já me fosse

familiar.

Agigantou-se o mar oceânico, embora eu

persista em atravessá-lo, com o sonho nos

braços e a certeza no coração.

Se dúvidas existem eu nunca as tive e quem

acomete contra mim é apenas a tristeza

que normalmente origina maus conselhos

de gente infeliz, que tudo faz para que outrem

não o venha a ser (feliz), pois o que o

amor juntou,

somente a falta desse amor, pode separar.

Difícil é a tarefa de manter um querer, uma

vontade,

para saber esperar o dia a alcançar, que

larga é a distância a percorrer, acertos a fazer…

assim a andorinha percorrendo toda essa

lonjura, que nasceu com ela e em chegando a

altura certa, Terra nova a irá acolher, junto à

parceira de uma vida.

Onde a erva verdeja,

o sol traz cor às flores e a água permanece,

saciando a sede do casal enquanto espera

a chegada dos filhos do amor.

Jorge Humberto

15/08/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/08/2009
Código do texto: T1757318
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