AMOR

A boca vê pequenos guizos
E a língua indica precisos fragmentos
Boca e língua atuam reformulando teses
Imprecisas na arte final
Não cabem em si de contentamento
Na altura permeável do querer
Não liberam informações específicas
Ao entendimento do tempo
Na simultaneidade da hora que foi
E do momento que virá
O pensamento doma a inércia
No silêncio que fala a epiderme ativa
Diz que muito amor eu tenho a dar-te