Morada do Amor

Suave anjo consolador
que ameniza-me a existência.

Ninho onde repouso o meu ser,
quero ser a morada do teu também.

Dona da fé,
espanta a amargura do coração
ferido pelas dúvidas.

E em teus olhos
haverei de ver o infinito
e nos meus o verá refletido.
Eterna lembrança de delicadeza
que faz a força respeitar a beleza.

Flor encantada de meu jardim.
Etérea ninfa,
uma fada resplandecendo em luz.
Emana de tua aura

o perfume que me acalma.
O amor estará em nós
e tendo a tudo seremos desapegados.
Não teremos os limites

e estaremos em tudo,
abrigados nas auroras,
visitando os crepúsculos
onde enamoram-se

os dias com as noites.
Almas leves, descobriremos
as trilhas ocultas

que levam às estrelas.
E o tempo haverá de abandonar
o horário e o destino será liberto.

Que nos dias da eternidade
nossos corações batam cadenciados.

Que reunidos formemos
um só ser fecundado
por nossas individualidades.
E seremos efetivamente dois,
mas agiremos apenas

como um só ser.
Pacificados com as efemeridades
haveremos de ser livres na eternidade.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 01/08/2009
Reeditado em 03/08/2009
Código do texto: T1731754
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