Morada do Amor
Suave anjo consolador
que ameniza-me a existência.
Ninho onde repouso o meu ser,
quero ser a morada do teu também.
Dona da fé,
espanta a amargura do coração
ferido pelas dúvidas.
E em teus olhos
haverei de ver o infinito
e nos meus o verá refletido.
Eterna lembrança de delicadeza
que faz a força respeitar a beleza.
Flor encantada de meu jardim.
Etérea ninfa,
uma fada resplandecendo em luz.
Emana de tua aura
o perfume que me acalma.
O amor estará em nós
e tendo a tudo seremos desapegados.
Não teremos os limites
e estaremos em tudo,
abrigados nas auroras,
visitando os crepúsculos
onde enamoram-se
os dias com as noites.
Almas leves, descobriremos
as trilhas ocultas
que levam às estrelas.
E o tempo haverá de abandonar
o horário e o destino será liberto.
Que nos dias da eternidade
nossos corações batam cadenciados.
Que reunidos formemos
um só ser fecundado
por nossas individualidades.
E seremos efetivamente dois,
mas agiremos apenas
como um só ser.
Pacificados com as efemeridades
haveremos de ser livres na eternidade.