APRENDENDO A ESQUECER

Volta o tempo a passar manso,

A brisa, aos cabelos tecer,

A chuva enche o remanso,

Novas vidas vêm nascer,

Amanhã é certo um novo dia,

Que aos deuses se sorria,

Aprendendo a esquecer.

Se um amor busca um outro,

Ele sofre e nos faz sofrer,

Mas a vida que é mutante,

Ora mingua, ora a crescer,

Perde-se aqui, se ganha lá,

Não há razão p’ra chorar

Aprendendo a esquecer.

Que os deuses do Olimpo,

Não nos deixem perverter,

Quem se fere com sua adaga,

Não sente a chaga a doer

E quando o outro é ferido,

Sente o local dolorido,

Aprendendo a esquecer.

Passa o tempo e a tristeza,

Um novo sol a brilhar,

Toda a terra se reveste,

Os pássaros a cantarolar,

O passado a se perder,

É tentando se esquecer

Que se aprende a amar.

Rio, 30/07/2009

Feitosa dos Santos