AMOR, ETERNO AMOR

Amor é algo que não se pode explicar;

É alguma coisa que se sente por dentro.

Quem o sente sabe, e quem sabe não o sente,

Quem o tem, por vezes o desdenha,

Quem não o tem procura-o incessantemente

E jura cuidar, partilhar e amar eternamente.

Quantas juras e promessas que não vingam.

Quando das roseiras, já não brotam os botões,

Dos jardins, já não exalam os doces aromas,

Quando as brisas lhes passam ao longe,

Ofegantes ao pulsar dos inebriados corações.

Quando lhes vinham os acordes, madrigais...

O saudoso Vivaldi: em as quatros estações,

Ecoava pelo bosque, aos sons das corredeiras,

Sobre os canteiros de flores aveludadas,

O cantarolar dos pássaros e o perfuma da terra.

Como caberia ao homem definir com a palavra,

O que só quem sente, sabe ser um sentimento,

O amor não é paixão, não maltrata o coração,

E não vive com quem não sabe e não quer viver.

Amor é harmonia, nunca agonia e muito menos,

Ao outro os grilhões, impostos ao peso do poder.

Rio, 25/07/2009

Feitosa dos santos