O AMOR É PARA QUEM AMA
Posso até ser simplista demais,
Mas a vida de um homem gira
Entre os amores e as desilusões,
Os prazeres, a docilidade e a ira,
A verdade ferrenha e a mentira,
A paralisar os frágeis corações.
Posso até ser simplista demais,
Porem sabemos como complicar
A simplicidade que conduz a vida,
A facilidade quando se quer amar,
Quando não, basta querer inventar
Uma verdade que é desenxabida.
Posso até ser simplista demais,
Mas há quem chore a desilusão,
A perda do prazer e até da vida,
Restringindo o pulsar do coração.
Nisso, não há herói, não há vilão,
Temos o nosso ponto de partida.
Posso até ser simplista demais,
Mas quando eu vou, chego além.
Buscar apenas o que é óbvio,
Nunca prejudicou a ninguém.
Alcançar o que enxergamos além
É mais que tudo isso, é claro.
Não seja simplista por demais,
Não procure jamais dizer adeus,
Não chore quando o amor passar,
Não queira ser nobre sendo plebeu.
Simplista? Você? Tão pouco eu.
Aprendi o que não sabes, amar.
Rio, 24/07/2009
Feitosa dos Santos