DE MENTIRINHA
De mentirinha, um dia no tempo
eu disse que te amava.
Que amava que nada!
Mal sabia o que era amor.
Tinha sim, ouvido falar somente.
Só mente, de fato,
quem sabe o que diz.
E eu pequeno, ainda no curso
de calças curtas, nem sabia
que mentia.
Então o tempo avuou.
Fez de conta até que passou.
Passou um tanto que me fez descobrir,
agora com cabelos em prata,
que não menti nem de mentirinha.