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*Amor Inteiro*


Era tanto o sentir
Que se perdiam outros afetos
A noção das horas
Não havia norte
Nem sul, nem litoral.

Só dois seres embevecidos
Na posse convulsiva...
Filigranada nos sonhos...
Emoção no espaço total...


Já nem me sabia nascer
Morrer, nem viver...
Era tanto que se soltava
Inteiro...

Nem meias metades,
Nem meios termos...
Unicidade geral...


Sideralmente, juntos
Num reunir de peles
Num único toque de dedos.
Conjunção de amorosos astros...

Amor de dois sedentos,
Tanto que em marés me perdia
Transbordava em dias...

E queria-te cada vez mais...

E ver-te, assim tão pleno
Era sempre
Princípio
Meio e fim.

Do alfa ao Omega do verdadeiro amor!

Karinna*
Denise Severgnini**


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