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DESAPEGO

Desaprendi de guardar ternuras
Não evito os sorrisos que me chegam...
Cansei de naufragar em usuras
Dos falsos amores que ma atormentam

As cores da imagem que falseiam
Pintei em preto e branco estas gravuras.

Desaprendi de guardar ternuras
Não evito os sorrisos que me chegam...

De tanto sofrer cáusticas agruras
Mudei rotas de rios que margeiam
Os caminhos de minhas desventuras
Vêm novos risos, mas em mente sã

Desaprendi de guardar ternuras...

Karinna*
Denise Severgnini**

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