DESATINO DE AMOR

Depois que depuseste tuas armas,
Esgotando as conversas de amor,

Sai de mim, sem despedidas
Fui a Shangrila, Passargada
Sei lá, qualquer lugar
Ausente de desventuras

Disse adeus às loucuras cotidianas
Às mentes medianas, aos profetas
Deixei os ascetas em suas covas
Sem versos, sem trovas

Viajei sem corpo, sem alma
Fui só pensamento
Uma energia solta no firmamento
Tentando viver o que não pode

Trafeguei ares e mares
Desertos e serras
As minhas antigas terras
O teu eterno desatino

Não formatei meu destino
Só sei que parti, sem ti
E nem sei quando volto