ERÓTICA

São teus seios as colinas, entre a orla, do

tecido transparente. E, que, à meia-luz, da janela,

vêm lembrar dois ninhos ou duas

andorinhas, de bicos rosáceos e erectos,

pelo subtil roçar, da pele nua, com a seda,

eternamente sensual.

Feminina figura, de silhueta, que vai variando

a tez, de sua pele, entre a claridade ou a

sombra, vai-se enredando,

cada vez mais, no tecido transparente, onde,

a todo o momento, se pode adivinhar, as linhas

correctas, de seu perfeito corpo.

E quando se decide, a sair, detrás da tentadora,

cortina, caminhar seguro, meu olhar,

contempla-a, de cima a baixo,

em toda a sua nudez, para, de seguida, me

perder em seus olhos, na vaga esperança,

de algum sinal: lábios ligeiramente humedecidos.

Jorge Humberto

22/06/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 23/06/2009
Código do texto: T1663388
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.