ERÓTICA
São teus seios as colinas, entre a orla, do
tecido transparente. E, que, à meia-luz, da janela,
vêm lembrar dois ninhos ou duas
andorinhas, de bicos rosáceos e erectos,
pelo subtil roçar, da pele nua, com a seda,
eternamente sensual.
Feminina figura, de silhueta, que vai variando
a tez, de sua pele, entre a claridade ou a
sombra, vai-se enredando,
cada vez mais, no tecido transparente, onde,
a todo o momento, se pode adivinhar, as linhas
correctas, de seu perfeito corpo.
E quando se decide, a sair, detrás da tentadora,
cortina, caminhar seguro, meu olhar,
contempla-a, de cima a baixo,
em toda a sua nudez, para, de seguida, me
perder em seus olhos, na vaga esperança,
de algum sinal: lábios ligeiramente humedecidos.
Jorge Humberto
22/06/09