NAVEGANTES
No eflúvio das ondas de cálida ternura,
Navegam os corações uníssonos
E na âncora do amor se entregam
Entre matizes sob o ar flumíneo!
Um marinheiro guia
Os destinos da mocinha
Pelas ondas do mar do amor
No esplendor da maresia!
A natureza festiva
Desenha proezas, fulgores...
Os pássaros entoam hinos!
Fulguram-se olhares de amores!
Peregrinos navegantes!
Devastam mares longínquos...
São seres que buscam luzes
Nos abissos oceânicos!
Foram por Deus escolhidos
A seguir o mesmo caminho,
Em corpos e pensamentos unidos
No sonho azul do infinito!
Na brisa do cais distante,
O crepúsculo se faz dolente...
Os corpos então se enlaçam
Dando adeus ao sol poente!