FIZ SILÊNCIO E CHOREI...
ATÉ A MADRUGADA


Sim, eu chorei. Dentro da noite.
Pela mazela que estive sobrevivendo...

Sim, eu chorei. E todas as minhas lágrimas
Me refizeram. Lavaram minh’alma adolescente.


Fiz silêncio, lágrimas escorrendo
Meu triste peito deu-lhes acoite

Vetei as dores, decretei que era hora
E da solidão desapeguei-me sem demora.


Sim, eu chorei. Dentro da noite.
Agradecendo. Sorrindo. Sofrendo

E cada lágrima tinha gosto amargo
Gosto de despedida na madrugada.

Lacrimejando, fiquei em tresnoite
Aos poucos, fui ao Pai bendizendo

O pranto derramei sem pudor
Pequeno,  quedei-me em oração.


Todo o tempo que tenho te querendo

Pertencendo-te sem reservas...

Chorei... Dentro da noite...

Então sorri para as estrelas
Pedindo abrigo... um louco a gargalhar
Para o infinito...

Sim, eu sorri. Dentro da noite
E a lua com sua quietude platinada
Acalmou  os meus pensamentos
O  pranto já não se fazia necessário.

Denise Severgnini & Fátima Mota
Denise Severgnini
Enviado por Denise Severgnini em 16/06/2009
Código do texto: T1652106
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