Romanesca
 
Oh!Amado dos mantos em negrumes espectrais!
Dedilho-te em evanescentes filigranas auspiciosas.
Lassidão absorta a tua... Evoco Posseidon nos abissais.
Rogando-lhe tua anátema destas hordas prestigiosas!
 
Numa abóbada celeste guarnecida de meus fadários
Esquadrinho-te como pulcra figura do bem fantasmal
Não nego amar-te... Pouco de ti apreendo nos hinários
De meu lied conspícuo, entoada a ti no cortejo sepulcral
 
Nulo ósculo, inexistente amplexo... Somente falácias.
Eternal viuvez de um femíneo íntimo deslumbrado!
Eu: Romântica nas expectativas, dolente nas tuas inércias!
Cavaleiro das plangentes azinhagas, tu és desalmado!
 
Tombo no vácuo noturno... E o plenilúnio tão denso
Vocifera toda crucificação no feminil  cerne sacrificado
Altivo cavalariano, declina do negro corcel e propenso
 Oblata amor a esta dama detentora de imo extasiado!

 
 


Denise Severgnini
Enviado por Denise Severgnini em 15/06/2009
Reeditado em 18/04/2010
Código do texto: T1650058