TODOS NÓS SOMOS VIDA E PELA VIDA

Com minhas mãos, em forma de ninho,

é nelas que acolho um passarinho. Pois

estas são mãos de terra, que, pela vida,

aprenderam, a respeitar, aqueles, que,

apesar da diferença, iguais se fazem, à

minha humilde pessoa. E em certo dia,

à natureza, foi que, mi alma e coração,

à terra baixasse, a flor que lá nasceria.

E o pequeno passarinho, nestas suaves

mãos, onde baixou e encontrou, o seu

descanso devido, logo, o seu primeiro,

cantar, volveu, a quem ouvir quisesse.

Vez ou outra, batia suas pequenas asas,

enquanto eu, pressentindo, sua partida,

de imensa felicidade enchia-me, que das

mãos, suporte de vida, nova vida se faria.

Devolvendo meu corpo à terra, baixinho

(antes de tudo), fiz com que caminhasse

no peito do chão. E compreendendo sua

nova liberdade, o passarinho olhou-me…

e, entregando-se, aos céus… enfim, voou.

Jorge Humberto

13/06/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 14/06/2009
Código do texto: T1648501
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