A DONZELA E O SAPO

O sapo fez-se príncipe
Encantou a donzela
Deu-lhe uma flor, a mais bela
Cantou-lhe versos de amor
Sonhou por ela quimeras lindas
Mostrou-se em encantamento e poesia
Passou o tempo,
mestre em desatar fantasia,
Revelou a verdadeira fotografia
Cessou a transmutação
O nobre ganhou nova feição
A ser batráquio retornou
Ela deixara de ser donzela
Alimentara-se de mazela
Urzes enfeitavam seu caminho
Pesadelos envolviam seu sono
Impropérios e falsidade descortinavam-se
Na sua existência de princesa enamorada
O grilhão partiu-se, a mulher despertou
O anfíbio ao pântano retornou