A CRIANÇA E A FLOR

Todos sabemos, que, aos olhos, de uma criança,

qualquer flor, se veste de esplendor, em

suas múltiplas cores, deixando-a encantada,

pela própria fragilidade, com que esta, se deita,

em suas pequeninas mãos.

E é tal a fascinação, que a traz para casa, para a pôr,

num copo com água, velando-a, dia e noite,

em certo receio, de que a florzinha, das outras

sozinha, venha a perder, para o sonho, que ela creu.

Não querendo esquecer, sua amiga, pegando, numa

das pétalas, caídas, a seus pés, coloca-a a meio, de uma

das folhas, de seu livro preferido, para quando

se deitar, e, fechando o livro, a possa acariciar, com

todo o carinho e amor, com seus deditos, tacteando-a,

para que a sinta sempre, bem próxima, de si.

Na sua cabeça, ela não morreu nem nunca morrerá.

Mas de agora em diante, serviu-lhe a experiência, de,

que, toda a beleza do mundo e a vida inerente, é para

se ver e apreciar, evitando ao máximo o toque, ansiado.

E nisto, adormecendo, de vez, sonha com jardins, bem

cuidados, onde a sua amiga, cresce cheia de força, entre

as demais. E animais e pessoas, vão na vida, com seus

filhos, lado a lado, numa perfeita harmonia… entre a terra,

a água e o ar.

E, sorrindo, em seu sono tranquilo, vê, como seus amigos

e amigas, acenando-lhe, com uma bola, na mão, a chamam,

para brincar, ao jogo da inocência.

Jorge Humberto

01/06/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 02/06/2009
Código do texto: T1628342
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