TEU NOME
Não hesitarei o enfrentamento da dor,
Nem o exaspero das lágrimas
Destilando a angústia do meu coração,
Para escrever o teu nome
Nos meus mistérios sagrados!
Caminharei pela noite escura
Entre dédalos de melancolia,
Até mesmo com o olhar em trevas
Mas escreverei o teu nome
Em longínquos jardins na primavera!
Deixarei o rosário da existência
Cumprir até o último círculo do meu sangue,
Todo o holocausto da minha sina,
E escreverei o teu nome
No pedestal do meu martírio!
Com um suspiro aventado ao infinito,
Ocultando as vestes maculadas
Num sorriso de esperança e comoção,
Escreverei o teu nome em pergaminhos
E nas calçadas com tijolos de construção.
As gotas obliteradas do meu pranto
Semeadas por caminhos de amargas gólgotas
Darão lugar a viçosas flores
E te presentearei ao final da jornada,
Escrevendo o teu nome
Em coroa de crisântemos e pétalas de rosas!