VENDO-TE ACORDAR

Manhã feita. Cantam os pássaros lá fora.

E já desperto, olhando-te nos olhos,

resolvo sair da cama, em perfeito silêncio,

medindo meus passos, para não te acordar.

Quem te veja dormir, dirá de ti belo anjo.

E nada há, em teu ser adormecido, que não

estimule em mim, uma vontade imensa,

em te abraçar demoradamente, e, aí, ficar.

Sentir teu perfume inebriante, e, sem que

o percebas, tímido beijo, roubar-te, assim.

Enquanto, surpresa, bem lá no fundo, de

meus olhos, um extenso sorriso, se mostra.

Em sossego deixando-te, finalmente, fecho

a porta do quarto, atrás de mim, sem ruído.

E dirigindo-me à sala, abro cortinas e janelas,

deixando, que o brilho do sol, entre na casa.

Sem que a fome, já reclame, ou o meu corpo,

sinta necessidade, de alimento, abro um livro.

Um música toca a meio tom, uma velha canção,

de outros tempos, que, agora, não reconheço.

Nisto, o nosso gato cinza, enrola-se no meu colo.

E não largando nunca o livro, vou acariciando-o,

enquanto ele, sentindo-se satisfeito, com meus

carinhos, pula e salta e mia, todo feliz de sua vida.

Um leve bater de porta vindo do fundo do quarto,

diz-me que acordaste, de teu sono, de princesa.

E depois de te cuidares e de um beijo, deixado em

meu rosto, caminhas em direcção, à janela aberta.

Falas-me que, hoje, o dia, está mais bonito do que

de costume. Enquanto eu te digo, que bela és tu e

feliz sou eu, por te amar e por ti, amado me sentir.

Sorrindo um para o outro, abraçamo-nos, sem fim.

Jorge Humberto

18/04/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/04/2009
Código do texto: T1547900
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.