SECRETO AMOR...SUBLIME

Tão guardado num cantinho da alma
Esconde-se sob diáfanos véus
Pulsante como um coração
Eclode ao primeiro sinal da manhã
Fica contido em aparente calma
Ao entardecer, resguarda-se.
Um rasgo doce de emoção
Dilata-se e recobre-me feito calda de caramelo
É tão fininho e sentido
Lambuzo-me entre gemidos e ais doridos.
É frágil como recém nascido
Necessita-me incondicional
É um amor especial, diferente
É solto, diluente, tatua-me o músculo pungente.
Amor sem corpo, mas vivente
Amálgama, reverbera minh’alma
Amor secreto, amor latente
Meu louco coração acalma.
Todos o tem, todos o sentem
Este, porém, subverte todos os meus desejos.


Denise Severgnini/Fatima Mota