Sem alma, sem nada...

Minha alma anda curvada

E parou para me chamar

Na curva de uma estrada

Olhei-a de longe não querendo

A acompanhar

E permaneci onde estava

Até que ele desapareceu do lugar

Mas o problema

Que tenho que enfrentar

E enfrentar eternamente

Sem dele poder me desvencilhar

É que não posso permanecer onde fico

Nem ir a qualquer lugar

Minha alma é livre

Vai onde lhe der

Eu, que nem mesmo sei se existo,

É que sonho com a liberdade, e insisto

Em me desembaraçar

Dessa ligação antanha

Que me obriga a ir a procurar

Sentindo-a, eu a encontro

Mas não encosto

Que é para ela não se alegrar

Se não posso ter meu sonho

Que tenha ela também pesadelos

No meu corpo ela não vai entrar

E assim

Desde muito tempo

Minha alma vez ou outra vem me chamar

Quer ser minha amiga

Quer me ajudar

Mas ela é curvada

E gosta de me olhar

Principalmente para me chamar

De uma curva de uma perdida estrada

Na verdade

Eu não sei

Se é estrada

Pode ser tudo

Minha alma não me engana

Mas pode ser nada

Esse mundo onde me encontro

A prisão que virou morada

Ouvir dizer que existem seres na terra sonhando com a pessoa amada

Eu quero apenas sozinho fazer uma caminhada...

Sem alma, sem nada...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 10/04/2009
Código do texto: T1532691
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