LÁGRIMAS DE AMOR AUSENTE


As borboletas pousam na minha face
sorvendo lágrimas que triste choro!

Abrolha languidez que em mim nasce
Atroz, como música infeliz de um coro.

Na amargura desta saudade, eu moro.
Dolente  pranto em meu rosto desce.
As borboletas pousam na minha face
sorvendo lágrimas que triste choro!


Alvitres tortuosos de nosso enlace
Perpetuam-se em mim sem decoro.
Esquecimento, eu busco, sem alcance
Por isto no lamento, eu ainda me escoro.
As borboletas pousam na minha face...


Edir Pina de Barros

Denise Severgnini