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Perdida na Paisgem
Voeja um ximango na sua rota
Crepuscular retorno ao ninho
Matizes alaranjados neste céu
Inundam o cenário do poente
Um rio deflue e ninguém nota
Cerros dormem devagarinho
Campinas sossegam-se ao léu
Espetáculo bonito, mas ausente
Bucólico panorama, em mim desperta
Nostálgica sensação no meu interior
Perdidas, estão as lembranças infindas
De remotas temporadas tão amorosas
Há ilimitada saudade em hora incerta
Um acúmulo frenético de cruel terror
Temível ausência de emoções lindas
Guarnecem internas cenas ardilosas...
Nesta paisagem perdida uma visão de mim
Ser que deposita na poesia seu dorido sufoco.
Sou uma sombra sem a luz da tua presença...
Submirjo no mundo abissal da vil solidão...
Quero vida que acenda a felicidade sem fim
Lucidezes coloridas como as do lusco-fusco.
Na tarde que morre, ainda vejo a esperança
Do teu amor em retorno...da antiga paixão!