Amor em Ausência Presente

Poderia falar-te dessa aparente calma que forjo
Das doridas sensações que sinto e de mim me enojo
Quando no recôndito tua falta me oprime
Ou o tormento da noite vazia, meu peito comprime
Sufoca-me em carícias ausentes, me deprime.
Tu me tens ao bel-prazer e me deixas... Que crime!

Dizer-te, talvez, em sussurros chorosos da saudade imensa
Da nostalgia implícita na lembrança de ti, sempre densa,
Ou poderia confessar-te que pronuncio teu nome
Cada vez que a falta de teu amor me consome
A cada olhar conduzido ao horizonte.
No momento, em que o sol desponte...

Contudo não assimilo por um segundo sequer tua ausência

Busco alternativas, mas falta-me a experiência...
Não sei o que fazem tuas distâncias de mim
Nem o teu não querer tão exposto assim...
Sei-me somente entregue a um querer-te sem fim.
A esperar-te, eu fico e nos lábios o batom carmim...

Karinna
Denise Severgnini