CHUVA INTERIOR

Molha os pingos a carne crua
Goteja o pranto n ‘ alma nua
Interminável sofrer à luz da lua

Denise Severgnini

 
 
 
Chuva interior, Plácida inquietude


Molhado fértil solo arquiteta.
Os desvarios incólumes da natureza.
Pingos desvendam mistérios e decretam,
Alma e flores em comunhão multicolores.
Carne inconsciente ainda semente de,
Crua paixão de um momento silente.

Goteja versos arejados de um orvalho embevecido.
Ornado em sutis quimeras dantescas.
Pranto áureo desfiado numa manipulação de rosário.
N’alma acalmar inquietude plácida.
Nua clara falta de um sonho de Amor viver.

Interminável conflito bendito a
Sofrer calmaria de Amor em reclusão.
Acalanta fascínio sacerdotal.
Luz indefinida imanta Amor imutável.
Da imperial amável lágrima renunciada.
Lua sábia dissipa nuvens negras luarizando calma!

Denise Severgnini
SoLuNaMaRoSa