É Amor é?

Fátima eu estou perdido...

Roubaram a estrada que caminhava

Achei outro caminho

Mas não tinha mais pernas

Arrumei umas muletas

Mas sumiu o caminho

Encontrei uma catana

E tentei abri caminho entre as arvores

E cada vez que cortava uma delas

Vazava sangue do tronco

E eu sentir meu coração em exangue

Tentei ir em frente

É serio

Eu tentei

Mas percebi que não via mais

E não encontrei as muletas

E me rastejei

Rastejei-me Fátima

Por dias ou noites

Eu não sabia

Se havia lua ou se havia sol

Fátima

Se puder me encontrar

Estou em algum lugar

Socorra-me

O sangue vaza do meu coração

E me lembro apenas

Que um dia me falaram de uma coisa

Chamada amor

Mas Fátima

Lembro que era uma coisa maravilhosa

Não me lembro bem

E, ou tu, ou vocês que sabem o que é o amor

Antes que me esvaeça completamente

Venham! Venham!

Dêem a mim, por favor,

Devolva-me este sonho

Por que antes de ir

Eu gostaria de substituí-lo

Por isso que estar fincado no meu peito

Essa imensa dor

Quero trocá-la, ancho que não seja pedir muito, Fátima, acho que não seja muito...

É talvez um desejo tolo

Ir sonhando com aquilo que não pude encontrar

Nem a quem dar

Aquela coisa de que do nome apenas me lembro fracamente

Algo chamado me parece que amor

Mas são os anseios tolos os mas significantes...

Aquilo de que, já de coração ermo,

É amor Fátima é?

É amor é?

É assim mesmo o nome é?

É amor é?

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 29/03/2009
Reeditado em 29/03/2009
Código do texto: T1512344
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