ONDE HÁ AMOR, MORA A DOR

Gostar é muito diferente de querer,

Querer e gostar com amor, é saber amar,

Saber amar é compreender e não justificar,

Justificando perde-se a razão humana de ser,

Do objetivo sonhado, fantasias a luz do luar,

Perfumes das noites, dos lírios e jasmins,

No éden, jardins da vida e descanso da alma,

Sabor maior do necta das flores silvestres,

Que como o lírio, no campo se vestem,

Gotículas do orvalho que brilha na pétala,

O corpo em silhueta do pudor se despe, desnuda.

Desce o manto negro, é noite, escuridão felpuda,

Lampejam as estrelas no alto do firmamento,

Lampejos lentos acalma-se no peito o coração,

Vultos andrajosos, cansados da vida, perambulam em vão,

O amor nunca morre, acaba-se apenas uma relação,

Seguem os vultos ocultos, na penumbra do mundo,

Sob o manto negro da noite, que encobre a razão,

Daqueles que se deixam nesse abismo se perder,

Do homem, da mulher, do amor, da vida na imensidão,

Dos desejos, nefastos lampejos em desejos tensos,

No imenso amor, da eterna dor, desse coração.

Rio, 12 de janeiro de 2009

Feitosa dos Santos