Fôlego de Amor

Deixa o ar entrar pela janela,
Traduz tua emoção em minha tela
Meu eu tem sede do teu,
Embebo-me em amoroso breu
Uma rosa no travesseiro,
Um agrado fagueiro
Beija meus olhos, ligeiro,
Atravessa meu ar, altaneiro.
Deixa teu cheiro
Dá-me monopólio certeiro,
Na lembrança de um agrado,
No sustentáculo consagrado
E depois volta,
Sereno... Te solta...
No intervalo de uma apnéia
No relâmpago duma idéia,
Ou no fôlego de um gozo,
Ou  num sopro vaporoso...

É o único tempo que te concedo longe de mim...
Há uma boca carmim... Espero-te!

Me Morte
Denise Severgnini