Você é meu mantra, nada entendo, gosto e repito

Como um mantra indiano

Um canto gregoriano

Um texto em aramaico

Nada entendo

Do meu amor por você

De amor

Gosto e repito

Como uma oração

Todo dia

Uma canção de sucesso

Como a uma novela da tevê

Te sigo

Como um taxista pela cidade

Te pego

Como um colegial na porta da escola

Te espero

Meu coração bate

Estranho

Como um relógio sem compasso

Não entendo

O que se passa

A música que toca no meu coração

Parece um mantra

Um canto tribal num ritual pagão

Uma zabumba

Batendo esquisito no aflito peito

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Meus escritos: uma música cega, sem ritmo, faca afiada no peito, cortanto por dentro, ao contrário. Um raio que me bate e fulmina, pó, poeira, vento e redemoinho por ai, folhas de relva soltas, adubo. Apenas imitações de outros temas e tantas canções belas, só.