DERRADEIRA MULHER

Tomo-te em meus braços,

qual não houvesse mais amanhã.

Musa inspiradora, derradeira

Mulher, de entre todas as Mulheres,

esculpo, com facilidade,

a inspiração, que me deixas,

a cada passo teu, feito de silêncio,

onde só eu, reconheço o sentido,

da palavra, que ainda não disseste.

Sussurras-me ao ouvido, aquilo que

não direi, senão, quando, lá fora,

a prata da lua, incidir sobre as coisas.

E ambos sorrimos, olhando-nos,

bem de frente, nos olhos…

Decidido ponho-me estes versos a

escrever, sem qualquer intenção

que não o vento, que vai lá fora,

mostrando o reverso das folhas.

Sabedor de tua paixão, pelo mar,

imagino, que, a esta altura, deva estar

bravo… então descrevo um sol

sorridente, que não se fará esperar,

entrando de rompante,

pelas frechas das janelas, meio fechadas.

E a poesia, continuará, em chegando

a hora, de passearmos de mãos dadas,

folhas espalhadas, por sobre a mesa.

Jorge Humberto

19/03/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 20/03/2009
Código do texto: T1496623
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