Em colapso

Eu sinto que sem ti fico sem mim

Penso em cortar os pulsos,

Atirar-me da ponte neuf,

jogar-me nos trilhos do trem bala,

no túnel sob o canal da Mancha,

pular corda, no Corcovado

jogar amarelinha ou enforcado

sapatear um flamenco

rodar uma polka no congá,

melecar o dedo de catota

limpar na saia,

sair de bolerinho e mais nada,

saltar na vara mais que a Yelena,

ficar de quatro no ato

o gato a dormitar no sapato,

se, e somente se, não me mais quiseres,

nada mais disseres, nem mais me falares...

sim, pois, sim, piririm... eu já morri.

eu sem ti fico até sem mim

Juli Bauer
Enviado por Juli Bauer em 20/03/2009
Reeditado em 20/03/2009
Código do texto: T1496524