Em colapso
Eu sinto que sem ti fico sem mim
Penso em cortar os pulsos,
Atirar-me da ponte neuf,
jogar-me nos trilhos do trem bala,
no túnel sob o canal da Mancha,
pular corda, no Corcovado
jogar amarelinha ou enforcado
sapatear um flamenco
rodar uma polka no congá,
melecar o dedo de catota
limpar na saia,
sair de bolerinho e mais nada,
saltar na vara mais que a Yelena,
ficar de quatro no ato
o gato a dormitar no sapato,
se, e somente se, não me mais quiseres,
nada mais disseres, nem mais me falares...
sim, pois, sim, piririm... eu já morri.
eu sem ti fico até sem mim