PARA O QUE DER E VIER

"...e a gente caminhando de

mãos dadas de qualquer maneira,

eu quero que esse momento

dure a vida inteira" (Arnaldo Antunes)

....

Neste dia amanheci

Antes da noite ir embora

Devido ao horário de verão

A espera do salário

Sei lá... Pela aflição

Pela pressa que a vida me exige, às vezes.

Mas foi mais, eu acho,

Pela alegria de tê-la.

Só sei que misturei tudo e isto gerou ansiedade,

Sede da tua boca e saudade

A minha solidão já dura

E a cada dia me sinto mais seguro nela.

Só você completa o que me falta,

Como luva na mão,

Como a juba à leoa.

É como a gente andando a toa por aí,

Indo à igreja, ao cinema.

Tudo me alegra:

Sua fala, seu olhar, seu jeito sincero.

É o que quero,

Disso eu já sei,

Suas iniciativas

São sempre sérias

E eu me vejo nelas

Vela no seu mar

Sou assim mero barco,

Venta em mim

Sou seu adimirador e quiça seu amor

E se der muito mais:

companheiro, amigo e cúmplice

Para o que der e vier.

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Meus escritos: meias verdades, fados e tangos, canções adulterados e outros tentativas de fazer uma sinfonia com birimbau, repintar a primavera, descobrir o amor e escrever "te amo" no grão de arroz. Pra quê? Tão inútil quanto poemas.

blog:

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=57702