Amor Dolente na Noite Morta

Soturna à noite se esvai...
Melancolia que cai
Entregue sou conciso abandono
Sem alforria ou suborno
Inerte, reprimo meus ais...
Debelo sonhos abissais...
Sou plena nesse quarto tão frio!
Repleta deste cruel vazio
Invisível circula a saudade
Densa, em mim,é maldade!
Entre cobertas, o corpo no cio,
Esfrega-se no lençol macio
Lateja a ausência do abraço.
Chora carência do entrelaço
Aqui, hoje o ar é sombrio...
Meu olhar,copioso rio...


Mari Saes
Denise Severgnini